quinta-feira, 4 de novembro de 2010

:: Doenças '




Doença de Jorge Lobo
A Doença de Jorge Lobo, causada pelo Paracoccidioides loboi, fungo com nomenclatura ainda em discussão, é uma micose localizada, crônica e polimorfa que surge predominantemente na Amazônia e nunca fora de região intertropical. A inoculação parece dar-se por meio de traumatismo. Ocorre em especial no homem lavrador (10 homens:1 mulher).
Quadro Clínico
Manifesta-se por lesões queloidiformes ou, ainda, vegetantes, infiltrativas, ulceradas gomosas, entre outras. São geralmente assimétricas e circunscritas a uma região. Os locais mais afetados são os pavilhões auriculares, membros inferiores e superiores. Quando acometidos, os gânglios mostram-se duros e sem flutuação. Em geral, o paciente mantém bom estado físico.
Diagnóstico
 Para diagnosticar a afecção, procede-se ao exame direto do material da lesão, que revela parasitas abundantes, bem como a histopatologia, que mostra histiócitos espumosos com riqueza de parasitas. Esses se evidenciam por serem fungos arredondados, com membrana de duplo contorno e reprodução por brotamento simples ou múltiplo. O Paracoccidioides loboi não cresce em cultura. 
Tratamento
Podem-se utilizar a exérese cirúrgica, a clofazimina e a 5-fluorocitosina, com resultados nem sempre eficientes.

Micoses Superficiais da pele
As micoses superficiais da pele, em alguns casos chamadas de "tineas", são infecções causadas por fungos que atingem a pele, as unhas e os cabelos. Os fungos estão em toda parte podendo ser encontrados no solo e em animais. Até mesmo na nossa pele existem fungos convivendo "pacificamente" conosco, sem causar doença.
A queratina, substância encontrada na superfície cutânea, unhas e cabelos, é o "alimento" para estes fungos. Quando encontram condições favoráveis ao seu crescimento, como: calor, umidade, baixa de imunidade ou uso de antibióticos sistêmicos por longo prazo (alteram o equilíbrio da pele), estes fungos se reproduzem e passam então a causar a doença.
Manifestações clínicas

Existem várias formas de manifestação das micoses cutâneas superficiais, dependendo do local afetado e também do tipo de fungo causador da micose. Veja, abaixo, alguns dos tipos mais frequentes:

•  Tinea do corpo ("impingem"): forma lesões arredondadas, que coçam e se iniciam por ponto avermelhado que se abre em anel de bordas avermelhadas e descamativas com o centro da lesão tendendo à cura.
•  Tinea da cabeça: mais frequente em crianças, forma áreas arredondadas com falhas nos cabelos, que se apresentam cortados rente ao couro cabeludo nestes locais (tonsurados). É muito contagiosa.

Tinea dos pés: causa descamação e coceira na planta dos pés que sobe pelas laterais para a pele mais fina.
Tinea interdigital ("frieira"): causa descamação, maceração (pele esbranquiçada e mole), fissuras e coceira entre os dedos dos pés. Bastante frequente nos pés, devido ao uso constante de calçados fechados que retém a umidade, também pode ocorrer nas mãos, principalmente naquelas pessoas que trabalham muito com água e sabão. Veja mais.

•  Tinea inguinal ("micose da virilha"): forma áreas avermelhadas e descamativas com bordas bem limitadas, que se expandem para as coxas e nádegas, acompanhadas de muita comichão.
• Micose das unhas (onicomicose): apresenta-se de várias formas: descolamento da borda livre da unha, espessamento, manchas brancas na superfície ou deformação da unha. Quando a micose atinge a pele ao redor da unha, causa a paroníquia ("unheiro"). O contorno ungueal fica inflamado, dolorido, inchado e avermelhado e, por consequência, altera a formação da unha, que cresce ondulada.

Intertrigo candidiásico: provocado pela levedura Candida albicans, forma área avermelhada, húmida que se expande por pontos satélites ao redor da região mais afetada e, geralmente, provoca muita comichão.
Pitiríase versicolor ("micose de praia, pano branco"): forma manchas claras recobertas por fina descamação, facilmente demonstrável pelo esticamento da pele. Atinge principalmente áreas de maior produção de oleosidade como o tronco, a face, pescoço e couro cabeludo.

Tinea negra: manifesta-se pela formação de manchas escuras na palma das mãos ou plantas dos pés. É assintomática.

Piedra preta: esta micose forma nódulos ou placas de cor escura grudados aos cabelos. É assintomática.

Piedra branca: manifesta-se por concreções de cor branca ou clara aderidas aos pêlos. Atinge principalmente os pêlos pubianos, genitais e axilares e as lesões podem ser removidas com facilidade puxando-as em direcção à ponta dos fios.
Como evitar as micoses?
Hábitos higiénicos são importantes para se evitar as micoses.

Previna-se seguindo as dicas abaixo:

- Seque-se sempre muito bem após o banho, principalmente as dobras de pele como as axilas, as virilhas e os dedos dos pés.
- Evite ficar com roupas molhadas por muito tempo.
- Evite o contacto prolongado com água e sabão.
-  Não use objetos pessoais (roupas, calçados, pentes, toalhas, bonés) de outras pessoas.
-  Não ande descalço em pisos constantemente úmidos (lava pés, vestiários, saunas).
-  Observe a pele e o pêlo de seus animais de estimação (cães e gatos). Qualquer alteração como descamação ou falhas no pêlo procure o veterinário.
- Evite mexer com a terra sem usar luvas.
-  Use somente o seu material de manicure.
-  Evite usar calçados fechados o máximo possível. Opte pelos mais largos e ventilados.
- Evite roupas quentes e justas. Evite os tecidos sintéticos, principalmente nas roupas de baixo. Prefira sempre tecidos leves como o algodão.

 Tratamento
O tratamento vai depender do tipo de micose e deve ser determinado por um médico dermatologista.
Evite usar medicamentos indicados por outras pessoas, pois podem mascarar características importantes para o diagnóstico correcto da sua micose, dificultando o tratamento.
Podem ser usadas medicações locais sob a forma de cremes, loções e talcos ou medicações via oral, dependendo da intensidade do quadro. O tratamento das micoses é sempre prolongado, variando de cerca de 30 a 60 dias. Não o interrompa assim que terminarem os sintomas, pois o fungo nas camadas mais profundas pode resistir. Continue o uso da medicação pelo tempo indicado pelo seu médico.

As micoses das unhas são as de mais difícil tratamento e também de maior duração, podendo ser necessário manter a medicação por mais de doze meses. A persistência é fundamental para se obter sucesso nestes casos.

:: Importancia para o homem '



   Os fungos são muito importantes para a humanidade pois eles servem para: criação de remédios,testar a eficácia de produtos químicos, são ultilizados para produção para alimento e bebidas e sua principal função na natureza é a decomposição, papel importante para equilíbrio de todos os ecossistemas.
  Além de úteis para a natureza, os fungos são, como vimos, úteis para homem.Todos conhecem a pencilina e outros antibióticos. Essas substancias são produzidas por alguns tipos de mofo ( fungo microscópio ) e tem a propriedade de destruir bactérias e outros microrganismo causadores de varias moletias graves. Isso sem falar dos levedos, fungos indispensáveis a produção de pão, vinho e cerveja. E nos fungos comestíveis, que vem ganhando mercado no Brasil. Alguns como agáricocampestel, podem ser cultivadas em qualquer época do ano.

  Micotoxinas são substancias químicas tóxicas produzidas por fungos. Na sua ação de decomposição dos alimentos, os fungos são capazes de produzir metabólicos secundários, não essenciais para sua manutenção primaria, mas capazes de atingir outras espécies.Micotoxinas úteis ao homem pelo menos três micotoxinas conhecidas são substancias grande ultilidade ao homem: a penicilina, descoberta por Alexandre Fleming ( 1928), produzida pelo Penicillin chrysogenum ( ou P.notatun) foi uma grande descorberta da medicina no combate as infecções bacterianas.
Muitos fungos são comestíveis e ulltilizados na alimentação humana. É o caso dos cogumelos como o Champigon e o Shitake.

  Certos cogumelos são ultilizados com fins terapêuticos em medicinas tradicionais, como acontece na medicina tradicinal Chinesa. Entre os cogumelos medicinais nataveis, e com uma história de uso bem documentada, inclui-se Agaricus belazei, Ganoderma Lucidum e Cordyceps Sinensis. As pesquisas indentificaram compostos produzidos por estes e outros fungos os quais tem efeitos bilogicos inibidores contra vírus e células cancerosas . Metabolicos espeficos  como polissacarideo  - k, erigotamina e antibioticos belactâmicos, são usados de modo rotineiros em medicina clinica. O cogumelo Shiitake é uma fonte de lentinano, uma droga clinica aprovada para ultilização em vários países incluindo o Japão, em tratamentos Ongologicos. Na Europa e no Japão, o polissacarídeo - k um químico obtido de Trametes Versicolos,  é uma adjuvante aprovado em terapia Oncologica.
  Há muitas outras espécies de cogumelos que são colhidas no estado silvestre, que para consumo pessoal e para  venda comercial.Os fungos são muitos ultilizados na produção industrial de produtos químicos como os acido cítricos, glucomico,  láctico e málico, antibióticos, e até gangas deslavadas. Os fungos são também fontes de enzimas industriais, como nas lípases usadas em detergentes bilogicos, amilases, celulases, invertases, proteases e xilanases. Algumas espécies, mais particulamente cogumelos do gênero Psilocybe , são ingeridos pelas suas propriedades piscadelicas, tanto recreativamente como religiosamente.

:: Características '




Existem características que ajudam a distinguir os fungos dos demais organismos que são: parede celular, substância de reserva, organização do corpo e padrão de reprodução.
Os fungos, também conhecidos como bolores, são organismos eucariontes (com células nucleadas), existindo espécies unicelulares e pluricelulares, respectivamente: as leveduras e os cogumelos, cujas células são impregnadas externamente por quitina, um polissacarídeo nitrogenado. 

Esses seres são heterotróficos (não sintetizam o próprio alimento), incorporando os nutrientes necessários ao seu metabolismo através da absorção de substâncias após digestão extracorpórea (sapróbios), realizada por enzimas sintetizadas e secretadas sobre a matéria orgânica contida no ambiente. 

Os fungos pluricelulares apresentam estrutura formada por uma malha filamentosa chamada de hifas, agrupadas formando um pseudo tecido denominado micélio, caracterizado conforme sua distinção citoplasmática em: 

Hifas septadas – cujas células são individualizadas, cada uma contendo o seu núcleo; 

Hifas cenocíticas – com aparência anastomosada (concisa), formada por um citoplasma estendido e polinucleado.
O micélio assume tanto a função vegetativa, quanto reprodutiva. A primeira conferindo sustentação, crescimento e obtenção de alimentos, e a segunda, responsável pela produção de esporos (reprodução sexuada), porém podendo ocorrer de forma assexuada, seja por brotamento ou fragmentação. 

A respiração dos fungos pode ser aeróbia (na presença de oxigênio) ou anaeróbia facultativa, sobrevivendo em ambientes com baixa oxigenação. 

Sistematicamente os fungos são classificados em: Zigomicetos, Basidiomicetos, Aascomicetos e deuteromicetos.

• Características
- São formas de vida vegetal bastante simples;
- Não possuem flores;
- A reprodução dos fungos ocorre, na maioria das vezes, através da multiplicação dos espórios (células muito pequenas que caem no solo e crescem formando novos fungos);
- Não possuem clorofila;
- Vivem da alimentação produzida por outros organismos (plantas ou animais);
- Atuam no ecossistema com funções importantes na decomposição de seres mortos. Também atuam como parasitas;
- Costumam se desenvolver em ambientes úmidos;
- O corpo dos fungos é geralmente formado pelo talo ou soma (corpo vegetativo) que é composto por hifas (finos filamentos unicelulares)

:: INTRODUÇÃO / REINO FUNGI'


O Reino Fungi compreende os organismos eucariontes, heterotróficos que se alimentam de nutrientes absorvidos do meio, com espécies unicelulares e multicelulares formadas por filamentos denominados hifas. São conhecidos popularmente por: leveduras (fermento), bolores, mofos, cogumelos e orelha-de-pau. Existem espécies de vida livre ou associadas (em simbiose) com outros organismos, como por exemplo, os liquens, uma relação harmônica interespecífica de fungos e algas. Contudo, algumas espécies são parasitas, mantendo relações desarmônicas com plantas e animais. A maioria é saprofágica, alimentando-se da decomposição de cadáveres. 
A classificação dos quatro Filos obedece a critérios reprodutivos (diferença entre as estruturas reprodutivas), com ciclo de vida em duas fases: uma assexuada e outra sexuada. 
Dessa forma, o Reino Fungi se subdivide nos Filos: Ascomycetes, Phycomycetes, Basidiomycetes e os Deuteromycetes. 
É um grupo bastante numeroso, formado por cerca de 200.000 espécies espalhadas por praticamente qualquer tipo de ambiente.